Aprendendo um pouco mais sobre a InterNet - 66



Segurança

"Se você quer segurança em relação aos seus dados, ponha eles dentro de uma sala blindada, sem nenhuma ligação com o ambiente externo, com capacidade de produzir sua própria energia, sem saída ou entrada e não ligue com o ambiente externo."

Este de fato é um único modo de proteger a segurança de dados, porém é de forma inviável. A InterNet, da mesma maneira que facilita o transporte de suas informações de forma rápida, pode também ser utilizada como uma escuta para obter as suas informações sem que você saiba. Na InterNet existem pessoas capazes de obter dados sobre você, lhe fornecer um programa com idéias maldosas e muito mais. Para isto não ocorrer, o que importa é você saber como se proteger e saber as diferenças entre algo que de fato pode lhe prejudicar e algo que de fato é uma grande mentira, afinal atrás de uma grande máquina nem sempre tem-se um humilde ser humano.

Neste anexo você conhecerá a façanha de algumas pessoas que são a estória da segurança da InterNet, o boato GoodTimes e formas de Proteção de e-mails e as atitudes que o Governo Americano vem querendo adotar para vasculhar os dados pessoais das pessoas na "Aldeia Global Virtual".

*O Vírus da InterNet

Robert T. Morris Jr. estudante de graduação da Ciência da Computação na Universidade de Cornell (Ithaca - New York) e filho de um cientista do National Security Agency (NSA), através de um acesso aos computadores do MIT no dia 2 de novembro de 1988 colocou em experiência um programa auto-replicante e que estava criptografado que explorava várias falhas de segurança nos sistemas Unix. O programa consistia em fazer uma cópia para uma outra máquina utilizando vários formas de "craqueamento" tais como: o programa sendmail (responsável pelo controle de e-mail), um dicionário de ataque a senhas, cálculo de permutação para obter a senha, análise através do finger para copiar-se para outro sistema. O programa de Morris usava uma técnica que o capacitava a fazer cópias do programa em máquinas diferentes, porém o programa de Morris não detectava já a presença de uma cópia do seu próprio programa sendo executado nesta máquina fazendo que numa máquina existe milhões do mesmo programa executando as mesmas tarefas, auto-multiplicação em outras máquinas. Todas as máquinas pararam, todos os centros de pesquisas foram infectados, mesmo que os computadores fossem desligados e o vírus fosse removido, após reiniciar a máquina ela era novamente infectada. Muitos dos administradores na época não tinham conhecimento de remoção e análise de programas criptografados e não podiam entrar em contato através de e-mail com outros administradores, já que as máquinas estavam infectadas. Alguns programadores experientes trabalharam dias e noites para solucionar o vírus temporariamente, evitando a morte das conexões entre máquinas. Uma equipe da Universidade de Berkeley foi a primeira a detectar alguns passos a diminuir o alastramento do vírus. Morris após descobrir o erro em seu programa entrou em contato com alguns amigos e com o auxílio deles por telefone, obteve os métodos para a eliminação do vírus. Morris ainda "forjou" a criação de um e-mail e enviou para a InterNet com os métodos de eliminação do vírus, porém era tarde demais toda a InterNet estava contaminada e nenhum e-mail era capaz de chegar aos seus destinos. Após alguns dias, tudo se normalizou e começaram a busca contra o criador do vírus. O jornal The New York Times apontou na época o perigoso cidadão dos micros Robert T. Morris Jr. O e-mail "forjado" foi uma das provas concretas contra Morris (o forjamento de e-mail’s é um hábito cotidiano na InterNet, basta você alterar o endereço de quem envia a carta, porém as máquinas determinam o IP, o que não pode ser forjado e pode levar até o endereço correto de quem escreveu o e-mail). Robert T. Morris Jr. foi julgado pelo crime de Ato de Fraude e Abuso Computacional (Computer Fraude and Abuse Act - Title 18), e condenado


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